Coordenadores: Elizabeth Santos Ramos (líder), Ana Maria Bicalho (líder), Jorge Hernán Yerro e Eliza Mitiyo Morinaka
Ao considerarmos que tudo é interpretação, apropriação, deslocamento de uma ideia anterior, onde vários jogos são possíveis, compreendemos que o processo de recriação/tradução de uma obra resulta de um trabalho de interpretação do signo de partida pelo artista tradutor, que se encontra num outro lugar de fala e leitura, fazendo uso de outras ferramentas e meios. As recriações/traduções de textos literários em textos escritos ou em outras produções artísticas, expressam a voz de um Outro sujeito e, como não há interpretação neutra, nem inocente, o trabalho de tradução resulta de um ato de apropriação, seguido de um processo de (re)criação, que somente no plano da utopia pode ser idêntico ao texto que o originou, uma vez que conterá as marcas de quem a interpreta. Partindo desses princípios, o "TRADCULT: Tradução, cultura e diálogo entre artes" busca discutir processos tradutórios nos seus diferentes formatos, a partir de diversos fundamentos teóricos.